ME SILENCIO...

ME SILENCIO...

Me silencio perante o tempo

Ouço a voz do vento

Um recado a trazer um alento

Tento a todo custo acreditar

Mas silencio diante do medo

Ouço a voz do tormento

Um recado a trazer o intento

Tento a todo custo não ouvir

Caio de joelhos aos teus pés

Ouço um voz que grita

Um eco que por vezes irrita

Tento a todo custo entender

Até quando isso vai durar?

Ouço o pranto do mundo

Sentindo o medo profundo

Suplicando por tudo acabar...

(Simone Medeiros)

O ENCANTO DOS PÁSSAROS

O ENCANTO DOS PÁSSAROS

Como hipnose...

Perco o sentido

Num breve sonhar

Um pássaro querido

Na mente visitar

Invadindo a solidão

Me mostrando que te amar

Nada é além de ilusão

Ilusão que me mata

Aos poucos por amor

A dor faz sua morada

Nos versos e poesias

Revivo momentos de outrora

O cântico das aves livres

A voarem sem dissabores

Enquanto voo sozinho...

Sem afagos sem carinhos

Sinto falta do nosso ninho

Ninho de amor e de desejos

Louca saudade dos teus beijos...

(Simone Medeiros)

LIBERDADE POÉTICA

LIBERDADE POÉTICA

Escrevo para me libertar

Das amarras de um amor

Geraram-me apenas dor

Saudades contigo poetar

Letras vazias de saudades

Intensas de carícias e beijos

Éramos juntos fogo e desejos

Em meio a tantas afinidades...

Poderia ir até o seu refúgio

Como um Beija-flor te beijar

Um toque suave do teu amar

Seria esse um subterfúgio...

Pra sentir a vida me pulsar

Libertar do me faz doer

És o meu mel o meu viver

Sem ti desaprendi a voar...

(Simone Medeiros)

A SOCIEDADE POR DETRÁS DAS MÁSCARAS...

A SOCIEDADE POR DETRÁS DAS MÁSCARAS...

Qual o motivo de tanta inquietação, 

Se tivermos calma, teremos a razão

Se tivermos pânico, teremos a aflição

Saibamos tirar da mente a pertubação

Como aliada mor do Sr. Desespero

Não cometamos nenhum exagero

Nos atos, tenhamos o tempero

Para afastar da dor o destempero

Responsável por tanto dissabor

Mentes insanas produzindo o terror

Espalhando pela terra caos e dor

Sonorizando seu grito assustador

Tirando da humanidade o sossego

Promovendo tédio e desemprego

Fazendo do lar seu único aconchego

Sem beijo, sem carinho, sem chamego

(Simone Medeiros)

Imagem: Google 

JUSTA (POSIÇÃO)

JUSTA(POSIÇÃO)

Um injusto peso

O mais fraco sente a pressão

Opressão do opressor obeso

Pressionando a população

Corrupção está ativa

Altiva e absoluta

Grita a voz na defensiva

Justiça questiona conduta

Do opressor obeso

Abusa sem piedade

Do povo da cidade.

Haja vista o sobrepeso

Se recuar sob a humanidade

Dando o que lhe é justo por legibilidade.

(Simone Medeiros)

Imagem: Escultura, Jens Galschiot.