quinta-feira, 21 de maio de 2015

DRIBLANDO A MORTE



DRIBLANDO A MORTE

Cansado de tentar fugir da dona morte
Tentei jogar diferente a tal da boa sorte
Pensei nos prós e contras da minha vida 
Fiz um balanço geral, e com sob medida

Fiz parecer, de fato, igual no equilíbrio vital
À morte, dei-lhe o que é por mim, o meu direito
Coloquei a vida minha num simples pedestal
E à morte eu ofereci com respeito, meu preito

Um lugar na vida sem hora de ida e revolta,
À morte certeira comigo um dia, por certo roga
A pressa será sem nada na mala em voga

Na mente a vida passa num filme exorbitante
Tudo o que foi bom e vivido na vida vai e volta
Ciranda que tece a vida e morte, concomitante.



Simone Medeiros

Ilustração: Antonio Poteiro - "Ciranda" - 90cm x 1m - óleo sob tela

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