SONETO SINCERO
Despeço de tuas querências, c'o olhar sereno
Dos momentos vividos, farei deles um abrigo
Na minh'alma guardar-te-ei como velho amigo
Nos pontos e vírgulas, sem mais delongas, enceno
Um soneto sincero, entrelinhas dos versos puros
Audaciosos corações postos em cima de muros
Despedidas levam consigo histórias e loucuras d'amor
Nas reticências, olhares inda não impedem o calor
Perde-se a razão e o juízo para o amor e sedução
Ondas inebriantes d'uma amiga e intensa atração
Queda livre aos adocicados beijos num toque de mão
Não há o ponto final desta química quando dela se atrai
São armadilhas onde o 'não' desconhece a razão e vai
Pra onde o juízo pede abrigo bem distante do coração...
Simone Medeiros
20/09/2015
Ilustração: Google
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