domingo, 9 de novembro de 2014

SE EU PUDESSE


SE EU PUDESSE

Se ao menos eu pudesse
Mexer os pauzinhos da varinha
Feito bruxa ou madrinha
Transformaria o pó em areia


Que com o vento, o levaria 
O grão de areia para o mar 
Nadando na linha do horizonte 
Buscando através dos montes 


Um rapaz bem charmoso, bonito e perfumoso 
Que não seja rico em dinheiro, mas sim em caráter 
Mas que seja rico em beleza, interna sim senhor 
Pois, para quem vislumbra somente a riqueza 


Do dinheiro, boa pinta não parece que é. 
Pois, quem sabe sabe direito que o dinheiro 
Não trás lá, a tal felicidade... já dizia minha avó. 
A riqueza maior que existe está na tal da honestidade, 


Essa sim, trás com certeza, o dinheiro como valor 
Do esforço merecido do trabalho realizado. 
É disso que eu preciso, de gente honesta 
Para que eu seja bem sincera e não receba 


Do caboclo de novo aquele papel de besta 
Achando que tá abafando com sua língua dourada 
Mas, não sabe ele, o coitado, que de rico não tem nada. 
Pois, o mais pobre pode ser o mais rico em amor, 


Coisa que o rico avarento não sente e não conhece, 
Pois o único amor que ele pratica é pelas tuas moedinhas 
Que amontoam no seu cofre, fica cheio e pesado. 
Mas, coitado de todo rico que não empresta e nem doa, 


Morre tolo e egoísta, morre pobre de espírito, 
Não sabe ele quando morre logo de cara, 
Toma um susto, pois descobre de supetão 
Que não tem gavetas e nem cofres bem dentro do teu caixão. 



Simone Medeiros


Ilustração: Google

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se gostou deixe um comentário

Simone de Corpo, Alma e Poesias...